Todos estes ilustres intelectuais, em algum momento da vida, já se intrigaram com a passagem do tempo. Até mesmo o Salvador Dalí, que tinha um Tamanduá de estimação (o que é muito legal, por sinal), já deve ter passado horas filosóficas no banho (de médico, louco e filósofo de chuveiro, todo mundo tem um pouco) refletindo sobre como é impossível controlar e moldar o tempo transcorrido.
Shineray é para os fracos |
Antes de mais nada, gostaria de esclarecer que o ser humano pode ser genial, quando quer (a não ser que ele prefira ser um imbecil, como 70% da humanidade, por exemplo), mas acredito que responsabilizar "O homem" pela invenção disso ou revolução aquilo lá [insira aqui o discurso do seu professor de História] não faz muito sentido, já que eu me encaixo no termo e conceito universal "O homem", mas não inventei porra nenhuma.
De qualquer maneira, já inventaram a roda, a eletricidade, o canudinho dobrável e a bomba atômica. Mas, até agora, uma mentre brilhante sequer foi capaz de criar algo capaz de manipular o tempo. Até agora.
Após muitos anos de estudo, esforço e aplicação, cheguei a conclusão de que sim, é possível voltar no tempo. (Só não sei prever o futuro, mas o Edward Cullen consegue. Edward Cullen brilha no sol. Ele é onipotente).
Como pessoa generosa, pagadora mensal do dízimo e possuidora de um bom coração, decidi tornar este blog o antro cultural da moral e dos bons costumes e trazer tutoriais educativos para toda a família de bem brasileira.
Selo 'Família Hétero e Patriarcal' de Qualidade |
COMO VIAJAR NO TEMPO
Bem, em primeiro lugar, se você acha que fórmula pra controlar o tempo é V=Vo + at, peço-lhe encarecidamente que saia do meu blog e, de preferência, nunca mais volte para a internet. (Me recuso a ser amiga de gente que gosta de física).
Em seguida, digite blogspot.com no final de uma URL e, imediatamente, regresse 7 anos no joguinho de tabuleiro da vida.
Voilà!
Mais simples que fazer miojo.
Saudosismo à parte, é legal ver a divergência estrondosa dos costumes das diferentes gerações, e de como eles mudaram tão rápido em tanto pouco tempo. As prioridades eram outras, os conceitos de 'diversão' iam além de competir por likes numa foto. Fotografar era arte: Procurava-se o momento certo, o ângulo perfeito; não podia-se tirar 5 fotos iguais porque o filme fotográfico nem sempre era suficiente. Talvez as pessoas se preocupassem menos com a própria imagem e com o que poderia ser feito dela, já que hoje três cliques seriam suficientes para divulgá-la para o mundo inteiro.
É paradoxal: Ao mesmo tempo que todos querem aparecer no topo da linha do tempo do feice, ninguém quer ser fotografado num momento espontâneo ou descontraído, pois a publicação dessa foto pode vir a significar o fim da fama virtual. Os melhores momentos são aqueles que não são fotografados.
Graças a essa mania de acumular fama virtual, surgiram as grandes personalidades tecnológicas dos maravilhosos anos 10: O fotógrafo de instagram que não sabe o que é o Prêmio Pulitzer, o mendigo de likes do feice e a crítica saudosista de blogspot.
E quem é que usa blogspot em pleno 2014 mesmo, hein?
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