sábado, 16 de agosto de 2014

A máquina do tempo

Heráclito. Anaximandro. Sócrates. Platão. Aristóteles. Ockham. Galilei. Locke. Voltaire. Rousseau. Kant. Sartre. Freud. Pensador Uol. Filósofos do feice que parafraseiam frases de Clarice Lispector nunca ditas pela Clarice Lispector. Marombas do #insta que tiram #instaselfies sem camisa na academia com belíssimas frases de superação na legenda.
Todos estes ilustres intelectuais, em algum momento da vida, já se intrigaram com a passagem do tempo. Até mesmo o Salvador Dalí, que tinha um Tamanduá de estimação (o que é muito legal, por sinal),  já deve ter passado horas filosóficas no banho (de médico, louco e filósofo de chuveiro, todo mundo tem um pouco) refletindo sobre como é impossível controlar e moldar o tempo transcorrido.

Shineray é para os fracos
Antes de mais nada, gostaria de esclarecer que o ser humano pode ser genial, quando quer (a não ser que ele prefira ser um imbecil, como 70% da humanidade, por exemplo), mas acredito que responsabilizar "O homem" pela invenção disso ou revolução aquilo lá [insira aqui o discurso do seu professor de História] não faz muito sentido, já que eu me encaixo no termo e conceito universal "O homem", mas não inventei porra nenhuma. 

De qualquer maneira, já inventaram a roda, a eletricidade, o canudinho dobrável e a bomba atômica. Mas, até agora, uma mentre brilhante sequer foi capaz de criar algo capaz de manipular o tempo. Até agora.
Após muitos anos de estudo, esforço e aplicação, cheguei a conclusão de que sim, é possível voltar no tempo. (Só não sei prever o futuro, mas o Edward Cullen consegue. Edward Cullen brilha no sol. Ele é onipotente).

Como pessoa generosa, pagadora mensal do dízimo e possuidora de um bom coração, decidi tornar este blog o antro cultural da moral e dos bons costumes e trazer tutoriais educativos para toda a  família de bem brasileira.
Selo 'Família Hétero e Patriarcal' de Qualidade

                                                       COMO VIAJAR NO TEMPO

Bem, em primeiro lugar, se você acha que  fórmula pra controlar o tempo é V=Vo + at, peço-lhe encarecidamente que saia do meu blog e, de preferência, nunca mais volte para a internet. (Me recuso a ser amiga de gente que gosta de física).
Em seguida, digite blogspot.com no final de uma URL e, imediatamente, regresse 7 anos no joguinho de tabuleiro da vida.
Voilà!
Mais simples que fazer miojo.

Saudosismo à parte, é legal ver a divergência estrondosa dos costumes das diferentes gerações, e de como eles mudaram tão rápido em tanto pouco tempo. As prioridades eram outras, os conceitos de 'diversão' iam além de competir por likes numa foto. Fotografar era arte: Procurava-se o momento certo, o ângulo perfeito; não podia-se tirar 5 fotos iguais porque o filme fotográfico nem sempre era suficiente. Talvez as pessoas se preocupassem menos com a própria imagem e com o que poderia ser feito dela, já que hoje três cliques seriam suficientes para divulgá-la para o mundo inteiro.
É paradoxal: Ao mesmo tempo que todos querem aparecer no topo da linha do tempo do feice, ninguém quer ser fotografado num momento espontâneo ou descontraído, pois a publicação dessa foto pode vir a significar o fim da fama virtual. Os melhores momentos são aqueles que não são fotografados.
Graças a essa mania de acumular fama virtual, surgiram as grandes personalidades tecnológicas dos maravilhosos anos 10: O fotógrafo de instagram que não sabe o que é o Prêmio Pulitzer, o mendigo de likes do feice e a crítica saudosista de blogspot.

E quem é que usa blogspot em pleno 2014 mesmo, hein?
Euzinha.

unika$absoluta





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